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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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segunda-feira, 13 de julho de 2009

DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR (DTM) E DOR FACIAL

DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR (DTM) E DOR FACIAL
Disfunções têmporo-mandibulares no sentido amplo é uma afecção resultante do funcionamento anormal da musculatura mastigação, da articulação têmporo-mandibular (ATM), estruturas associadas ou ambas na região buço-facial ou cervical.

Ela pode promover dores de cabeça ou pescoço, ruídos articulares (estalos), zumbidos ou plenitude no ouvido, travamento ao abrir ou fechar a boca, limitação de abertura bucal, desgaste nos dentes e dificuldades na mastigação. Pode modificar características psicossomáticas do indivíduo reduzindo a sua qualidade de vida.
Considerações gerais
A DTM está relacionada principalmente a hábitos parafuncionais como o apertamento e/ou rangido dental, traumas na cabeça ou pescoço, má-postura, mordida instável, má-oclusão e stress emocional. A etiologia das DTM é multifatorial incluindo a oclusão bucal, disfunções da articulação, fatores neuromusculares e psicogênicos. Logo é importante identificar quais os fatores envolvidos em cada paciente, devendo estar em mente que a articulação temporo-mandibular uma articulação complexa, com várias estruturas que podem desencadear a dor. Assim o atendimento dessa afecção por uma equipe multiprofissional, que inclua médico, dentista, fisioterapeuta, psicólogo e fonoaudiólogo. As DTM são consideradas na atualidade um sub-grupo de disfunções músculo esqueléticas, tendo afecções reumatológicas entre as suas causas.
Aspectos envolvidos
Trauma: microtraumas causados por lesões pequenas e repetitivas devido a contatos oclusais instáveis; entretanto também ocorrem macrotraumas devido a lesões da coluna cervical (hiperextensão e flexão), golpes na mandíbula e na face. É importante salientar que determinados procedimentos que requerem grande esforço na extensão dos ligamentos e da cápsula articular durante uma cirurgia bucal prolongada, intubação orotraqueal (anestesia geral), são responsáveis por 30% dos casos de DTM. Nem todos os pacientes que sofrem um trauma na coluna cervical apresentam complicações importantes na ATM, porém outros que sofreram lesões mínimas negligenciadas na articulação devido a fortes sintomas cervicais podam desenvolver desordens pós-traumáticas ou ainda cefaléia crônica. Saúde geral: estudos recentes relataram que pacientes com DTM apresentam queixas clínicas mais exuberantes e utiliza maior quantidade de medicamentos. Estatísticas mostram que 66% dos indivíduos com cefaléia recorrente apresentam um tipo miogênico ou artrogêno de DTM, sendo que na maioria dos pacientes a busca da cura sempre foi à cefaléia e não a ATM, ou seja, curar os sintomas e não a causa. Doenças reumáticas: estas podem acometer as ATM e entre as mesmas temos a artrite reumatóide do adulto e juvenil, fibromialgia, dor miofascial, osteoartrose etc... Fatores psicológicos: aspectos comportamentais são fortemente associados a DTM predispondo e mantendo os sintomas. Não existe descrição de uma “personalidade das DTM”, porém o componente psicológico associado é parte importante da abordagem multiprofissional, sendo essencial ao seu tratamento. A maioria dos pacientes com DTM tem maior ansiedade e depressão, portanto possuem uma personalidade mais vulnerável ao estresse. A combinação de disfunções musculares e articulares freqüentemente está presente no paciente com DTM. Os fatores neuromusculares, anatômicos e comportamentais atuam em conjunto para o desenvolvimento destes distúrbios mastigatórios.
Diagnóstico
O diagnóstico das DTMS é basicamente clínico e, requer serem levados em consideração três fatores predisponentes:  Sistêmicos: personalidade e comportamento  Estruturais: discrepâncias faciais, de oclusão, tratamento dentário e estruturas articulares inadequadas.  Traumáticos: micro e macrotraumas e ainda devido a sobrecarga articular (hábitos parafuncionais). Entre os fatores que promovem a manutenção do quadro doloroso temos as tensões mecânicas e musculares, distúrbios metabólicos e principalmente as dificuldades sócio-emocionais. É realizado com base na história clínica, antecedentes pessoais, exame clínico geral e do aparelho locomotor bem como a avaliação da ATM, sendo em alguns casos realizados exames subsidiários como: radiografias, tomografias computadorizadas, ressonância magnética além da eletromiografia dos músculos da mastigação.
Tratamento
É bastante conservador e deverá ser personalizado, com condutas específicas para cada paciente. A maioria dos casos é tratada pela promoção do repouso do sistema através de placas estabilizadoras oclusais, medicamentos, dietas específicas, exercícios fisioterápicos, compressas, técnicas de relaxamento, além da aquisição de hábitos saudáveis. Em alguns casos, utilizados o laser e o tens como terapia auxiliar. A intervenção cirúrgica necessária em raríssimos casos.

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